(0:00) O agronegócio, eu sempre digo que ele não é o que é porque caiu do céu as suas vantagens (0:05) competitivas. (0:07) Vantagens competitivas são construídas, ninguém herda vantagens competitivas. (0:11) E você as constrói com política pública.
(0:14) Então o agro é o que é graças a uma das coisas chamadas Plano Safra, 500 bilhões (0:19) por ano de subsídio. (0:22) E ninguém, absolutamente ninguém, tem coragem de mexer nisso.
(0:26) Então o agro tem, todos os anos, uma previsibilidade de conjunto de linhas de crédito para investir.
(0:33) Não à toa é intensivo em capital o nosso agro e altamente competitivo e exportador. (0:38) Então quando a gente viu isso, e aí a indústria também que sugeriu, fez a proposta, de que (0:43) ela também tivesse o seu Plano Safra. (0:46) E aí foi que veio a ideia do presidente mercadante, do vice-presidente, do ministro Fernando Haddad.
(0:53) É importante que se diga, o Haddad é um parceiro de primeira linha da política industrial. (0:59) Sem o Haddad, nada disso tinha saído. (1:03) Absolutamente nada.
(1:06) O apoio do Haddad às políticas industriais tem sido fundamental, fundamental. (1:13) Então o que é o Plano Mais Produção que a gente tenta entregar isso para a indústria? (1:16) É um conjunto de linhas de crédito dos bancos públicos para a indústria brasileira. (1:22) Lá no início, a gente apresentou para a sociedade civil 300 bilhões.
(1:26) Era BNDES, FINEP e Imbrapi. (1:31) Posteriormente, a gente fez um trabalho de diálogo com os bancos públicos, trazendo (1:36) Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco do Nordeste e Basa. (1:41) E hoje isso soma 611 bilhões de crédito para a indústria entre 2023 e 2026.
(1:48) Detalhe. (1:49) O BNDES, recentemente, no dia 25 de maio do Dia da Indústria, aumentou esse recurso (1:53) em 41 bilhões. (1:56) FINEP aumentou esse volume de recurso em 12 bilhões.
(1:59) Aí, contando com os outros, a gente hoje tem 611 bilhões. (2:04) Todo esse dinheiro é subsidiado? (2:07) Não. (2:07) Apenas 80 bilhões, que é a TR, e uma parte ali do Fundo Clima, que é uma taxa de juros (2:13) de 6%, 6,15%.
(2:15) O resto é taxa de juros de mercado. (2:17) E esse é o nosso grande desafio, é fazer com que essas linhas de crédito para a indústria (2:22) tenham taxa de juros mais compatíveis com o risco que o investimento produtivo tem que (2:27) correr para fazer. (2:29) Porque é aquilo que a gente sempre diz, o investimento privado tem um risco e tem incerteza.
(2:34) O risco se mensura, a incerteza não. (2:37) A incerteza, o cara só vai fazer o investimento se tiver um suporte público, e isso é no (2:41) Brasil e no mundo inteiro. (2:42) É assim que se faz política industrial, política de inovação.